O Ser Necessário – Um Caminho da Razão à Verdade

 

Há algo em vez de nada. Essa constatação, trivial para os distraídos, é na verdade, o ponto de partida para uma das questões mais fundamentais da filosofia. Pois se há algo, então o nada absoluto jamais existiu. O nada, por definição, não tem potência, não possui ser, não contém em si qualquer possibilidade de gerar coisa alguma. Se em algum momento, houvesse apenas o nada, seria impossível que algo viesse a ser. E no entanto, aqui estamos.

A existência é necessária. Mas o que exatamente existe de forma necessária? A matéria? O espaço? O tempo? Nada disso. A matéria se dissolve, o espaço se curva, o tempo flui como um rio que não sabe sua própria origem. Se tudo o que conhecemos é transitório, então nada disso se sustenta por si mesmo. O universo, com toda a sua vastidão, é um mendigo ontológico, não pode existir sem apoio, pois depende de condições externas para ser.

O ateu materialista, ao perceber isso, se contorce, se esquiva, foge da questão como um rato que tenta escapar do próprio rastro. Dirá que o universo "simplesmente existe", que "não precisamos de um porquê". Mas essa recusa em perguntar não é filosofia, é preguiça intelectual. Se o universo é contingente, ou seja, se poderia não existir, então sua existência exige uma causa. E essa causa não pode ser igualmente contingente, sob pena de uma regressão infinita. Algo deve ser absolutamente necessário. Algo que não possa não ser.

Eis a conclusão inevitável: deve haver um Ser Necessário. Algo eterno, imutável, absoluto. Uma realidade que não se desgasta, não se transforma, não se corrompe, mas simplesmente é. E aqui já eliminamos qualquer tentativa de reduzir isso a forças cegas ou processos aleatórios. Se o princípio da existência fosse apenas uma força mecânica, seus efeitos seriam eternos como ele. Mas o universo teve um início. O próprio Big Bang, que os materialistas aceitam sem notar o tapa metafísico que ele lhes dá na cara, exige uma causa extrínseca, algo que tenha decidido trazê-lo à existência.

Sim, decisão. Porque o ato de criar não pode ser um processo mecânico. A mecânica não cria, apenas repete. A origem do ser não pode ser um tropeço do acaso, porque ordem não brota do caos sem direção. Desde a menor célula até as leis que sustentam o cosmos, cada detalhe da realidade grita inteligência, estrutura, finalidade. O DNA não é um borrão aleatório, mas um código, uma linguagem. E toda linguagem implica um autor.

O Ser Necessário, portanto, não é apenas eterno e absoluto, mas também inteligente. E inteligência, por sua própria natureza, implica vontade. O que quer que tenha dado origem ao universo não o fez por necessidade, mas por escolha. O acaso, tão venerado pelos crentes do materialismo, nunca escreveu um poema, nunca compôs uma sinfonia, nunca codificou a vida. Não há acaso na criação, há intenção.

E aqui nos deparamos com a verdade que o homem moderno tenta evitar a todo custo: Deus não é uma hipótese conveniente, uma muleta psicológica ou um consolo dos fracos. Deus é a conclusão lógica inevitável. A fonte da existência, a mente suprema por trás da ordem universal. Negá-lo não é apenas erro filosófico, mas fuga da razão. É um ato de desespero de quem, sabendo-se criatura, se recusa a reconhecer o Criador.

O universo proclama a glória de Deus. O próprio pensamento humano, capaz de compreender leis imutáveis, já é um reflexo dessa inteligência suprema. E diante dessa realidade, resta apenas uma questão: você aceitará a verdade ou continuará se escondendo dela?

José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site

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The Necessary Being – A Path from Reason to Truth

There is something instead of nothing. This observation, trivial to the distracted, is, in fact, the starting point for one of the most fundamental questions of philosophy. For if there is something, then absolute nothingness has never existed. Nothingness, by definition, has no power, has no being, does not contain within itself any possibility of generating anything. If at some point there were only nothingness, it would be impossible for anything to come into being. And yet, here we are.

Existence is necessary. But what exactly exists necessarily? Matter? Space? Time? None of that. Matter dissolves, space bends, time flows like a river that does not know its own origin. If everything we know is transitory, then none of it can sustain itself. The universe, with all its vastness, is an ontological beggar; it cannot exist without support, since it depends on external conditions to exist.

The materialist atheist, upon realizing this, squirms, dodges, and runs away from the question like a rat trying to escape its own trail. You will say that the universe "simply exists", that "we don't need a why". But this refusal to ask is not philosophy, it is intellectual laziness. If the universe is contingent, that is, if it could not exist, then its existence requires a cause. And this cause cannot be equally contingent, under penalty of infinite regression. Something must be absolutely necessary. Something that cannot not be.

Here is the inevitable conclusion: there must be a Necessary Being. Something eternal, immutable, absolute. A reality that does not wear out, does not transform, does not corrupt, but simply is. And here we have already eliminated any attempt to reduce this to blind forces or random processes. If the principle of existence were merely a mechanical force, its effects would be eternal like it. But the universe had a beginning. The Big Bang itself, which materialists accept without noticing the metaphysical slap in the face it gives them, requires an extrinsic cause, something that decided to bring it into existence.

Yes, decision. Because the act of creation cannot be a mechanical process. Mechanics does not create, it only repeats. The origin of being cannot be a stumble of chance, because order does not spring from directionless chaos. From the smallest cell to the laws that sustain the cosmos, every detail of reality screams intelligence, structure, purpose. DNA is not a random blur, but a code, a language. And every language implies an author.

The Necessary Being, therefore, is not only eternal and absolute, but also intelligent. And intelligence, by its very nature, implies will. Whatever gave rise to the universe did so not out of necessity, but out of choice. Chance, so venerated by the believers in materialism, never wrote a poem, never composed a symphony, never codified life. There is no chance in creation, there is intention.

And here we come face to face with the truth that modern man tries to avoid at all costs: God is not a convenient hypothesis, a psychological crutch, or a consolation for the weak. God is the inevitable logical conclusion. The source of existence, the supreme mind behind the universal order. Denying it is not only a philosophical error, but an escape from reason. It is an act of desperation by those who, knowing themselves to be creatures, refuse to acknowledge the Creator.

The universe proclaims the glory of God. Human thought itself, capable of understanding immutable laws, is already a reflection of this supreme intelligence. And faced with this reality, there is only one question left: will you accept the truth or will you continue to hide from it?

José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site

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