O Conflito Entre Razão e Materialismo
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A existência de Deus não é uma questão trivial. E o homem moderno a trata como se fosse. Na academia, nos círculos intelectuais, na cultura popular, tornou-se comum, e que ironia, afirmar com ares de superioridade que "Deus não existe". Esse gesto, que em outros tempos teria sido reconhecido como o cúmulo da temeridade intelectual, hoje é visto como uma evidência de lucidez. O ceticismo, antes uma ferramenta da inteligência, converteu-se em um fetiche para mentes preguiçosas. A começar pelo óbvio: afirmar categoricamente a inexistência de Deus é reivindicar um conhecimento absoluto de toda a realidade. Ou seja, para que alguém pudesse declarar com certeza que Deus não existe, seria necessário que ele próprio fosse onisciente. Assim, os autoproclamados apóstolos da razão se dividem em dois grupos: os que afirmam que "não há Deus" como se fossem deuses e os que papagaiam esse credo sem sequer notar a contradição. Mas o problema do ateísmo não é apenas lógico, é tamb...