Comunismo – Uma Análise Crítica
A história da estupidez humana não conhece um capítulo tão delirante quanto a insistência na viabilidade econômica do comunismo. Mesmo depois de uma centena de milhões de cadáveres e a falência sistemática de cada regime que tentou implementá-lo, a utopia comunista segue fascinando mentes que, ou por ignorância culpável ou por má-fé deliberada, recusam-se a enxergar o óbvio. O presente texto não tem por objetivo convencer os que fazem da revolução um sacerdócio, mas apenas desmontar as falácias econômicas e políticas que sustentam essa fraude.
Em 1922, Ludwig Von Mises, com a precisão cirúrgica de quem compreende a lógica econômica e despreza a vigarice ideológica, desferiu um golpe mortal no comunismo com a publicação de Socialism: An Economic and Sociological Analysis. Sua tese é simples, mas devastadora: sem um mercado livre, não há sistema de preços; sem preços, não há cálculo econômico; e sem cálculo econômico, toda tentativa de planejamento estatal não passa de uma brincadeira de faz de conta. A estatização absoluta dos meios de produção destrói a própria ferramenta que permitiria ao governo alocar recursos de maneira racional. Em termos mais diretos, uma economia completamente comunista é uma impossibilidade matemática.
Diante desse impasse intransponível, as ditaduras que se dizem comunistas jamais tentaram implementar o comunismo em sua totalidade. O que se viu ao longo da história foi a coexistência forçada entre um socialismo ostensivo e o capitalismo. A União Soviética não sobreviveu sem o mercado. A China só ascendeu ao status de superpotência após abrir suas portas ao capital estrangeiro. Cuba sobrevive do turismo e das remessas de exilados. O que se vende como socialismo real não é senão um capitalismo de Estado.
Mas a falência econômica do comunismo é apenas um dos seus aspectos. Existe ainda a perversidade moral que acompanha a mentalidade revolucionária. Desde os tempos de Marx, a revolução foi concebida não como um meio de emancipação, mas como um processo contínuo de destruição. Tudo o que se interpõe entre o revolucionário e sua utopia deve ser eliminado, moral, cultura, religião, tradição, e, se necessário, milhões de vidas humanas. Eis a justificativa última para os expurgos, os Gulags, os campos de reeducação e as execuções sumárias: a revolução é o tribunal onde qualquer crime pode ser absolvido sob o pretexto de um futuro radiante.
O que os idiotas úteis do Ocidente não percebem, ou fingem não perceber, é que o comunismo não é uma doutrina econômica, mas uma estratégia de poder. A grande revolução do século XXI já não se dá nas fábricas ou nos campos de batalha, mas nas estruturas de controle social. Os bilionários que financiam essa nova ordem global não querem abolir o mercado, querem monopólio. Para isso, reduzem as opções políticas a uma pantomima entre socialdemocratas e comunistas, garantindo que qualquer alternativa real ao seu domínio seja sistematicamente excluída do debate público. O megacapitalista moderno já não é um capitalista no sentido tradicional, mas um metacapitalista, uma entidade que transcende o próprio sistema que lhe deu origem, usando o aparato estatal como instrumento de cartelização.
O comunismo, enquanto doutrina econômica, nunca passou de uma impossibilidade prática. Mas enquanto ferramenta de dominação, continua sendo uma das armas mais eficazes já inventadas. O preço desse engano é medido em pilhas de ossos e na perpetuação de regimes que prometem a justiça, mas entregam apenas miséria e servidão. Diante disso, reafirmar os princípios da liberdade econômica e da moralidade objetiva não é apenas uma questão de política, é um imperativo civilizacional.
José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site
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Communism – A Critical Analysis
The history of human stupidity has no chapter as delirious as the insistence on the economic viability of communism. Even after hundreds of millions of corpses and the systematic failure of every regime that tried to implement it, the communist utopia continues to fascinate minds that, either through culpable ignorance or deliberate bad faith, refuse to see the obvious. This text is not intended to convince those who make revolution a priesthood, but only to dismantle the economic and political fallacies that sustain this fraud.
In 1922, Ludwig Von Mises, with the surgical precision of someone who understands economic logic and despises ideological fraud, dealt a mortal blow to communism with the publication of Socialism: An Economic and Sociological Analysis. His thesis is simple but devastating: without a free market, there is no price system; without prices, there is no economic calculation; and without economic calculation, every attempt at state planning is nothing more than a game of make-believe. The absolute nationalization of the means of production destroys the very tool that would allow the government to allocate resources rationally. In more direct terms, a completely communist economy is a mathematical impossibility.
Faced with this insurmountable impasse, dictatorships that call themselves communist have never attempted to implement communism in its entirety. What we have seen throughout history is the forced coexistence between ostensible socialism and capitalism. The Soviet Union could not survive without the market. China only rose to superpower status after opening its doors to foreign capital. Cuba survives on tourism and remittances from exiles. What is sold as real socialism is nothing more than state capitalism.
But the economic failure of communism is only one of its aspects. There is also the moral perversity that accompanies the revolutionary mentality. Since the time of Marx, revolution has been conceived not as a means of emancipation, but as a continuous process of destruction. Everything that stands between the revolutionary and his utopia must be eliminated: morals, culture, religion, tradition, and, if necessary, millions of human lives. This is the ultimate justification for the purges, the Gulags, the re-education camps and summary executions: the revolution is the tribunal where any crime can be absolved under the pretext of a radiant future.
What the useful idiots of the West do not realize, or pretend not to realize, is that communism is not an economic doctrine, but a strategy of power. The great revolution of the 21st century is no longer taking place in the factories or on the battlefields, but in the structures of social control. The billionaires who finance this new global order do not want to abolish the market, they want a monopoly. To this end, they reduce political options to a pantomime between social democrats and communists, ensuring that any real alternative to their rule is systematically excluded from public debate. The modern megacapitalist is no longer a capitalist in the traditional sense, but a metacapitalist, an entity that transcends the very system that gave rise to it, using the state apparatus as an instrument of cartelization.
Communism, as an economic doctrine, has never been more than a practical impossibility. But as a tool of domination, it remains one of the most effective weapons ever invented. The price of this deception is measured in piles of bones and in the perpetuation of regimes that promise justice but deliver only misery and servitude. In view of this, reaffirming the principles of economic freedom and objective morality is not just a matter of politics, it is a civilizational imperative.
José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site
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