Emblemas Cristãos Históricos e o Significado dos Brasões de Portugal e Espanha

 





www.conectados.site


A Reconquista e os Brasões Símbolos de Vitória

A história da Península Ibérica é marcada por quase oito séculos de conflito conhecido como a Reconquista, durante os quais os reinos cristãos de Portugal e Espanha lutaram para retomar o território ocupado pelos muçulmanos. Este período começou em 711, com a invasão muçulmana, e culminou em 1492 com a conquista de Granada. Os brasões de Portugal e Espanha refletem simbolicamente essa longa história de guerra e vitória.

A Invasão Muçulmana e o Início da Reconquista

Em 711, as forças muçulmanas, lideradas por Tariq ibn Ziyad, atravessaram o estreito de Gibraltar e derrotaram o rei visigodo Roderico na batalha de Guadalete. Em poucos anos, a maior parte da Península Ibérica estava sob o domínio muçulmano, formando a província conhecida como Al-Andalus. No entanto, os reinos cristãos resistiram no norte da península, dando início a uma longa série de batalhas que se estenderiam por séculos.

Portugal e a Reconquista

A formação do reino de Portugal está ligada à Reconquista. Afonso Henriques, após a vitória na Batalha de Ourique em 1139, se proclamou rei de Portugal. A luta continuou até 1249, quando Faro foi reconquistada, consolidando o território português.

O brasão de armas de Portugal é repleto de simbolismos da Reconquista. Os cinco escudetes azuis, dispostos em forma de cruz, representam os cinco reis mouros que Afonso Henriques derrotou na Batalha de Ourique. Dentro de cada escudete, os cinco besantes (pequenas moedas) simbolizam os milagres atribuídos à intervenção divina durante a batalha. Os sete castelos dourados no brasão representam as fortalezas recuperadas durante as lutas contra os mouros, destacando a persistência e o sucesso dos portugueses.

Espanha e a Reconquista

A Reconquista na Espanha foi um processo prolongado, envolvendo vários reinos cristãos, como Castela, Leão, Aragão e Navarra. Cada um desses reinos desempenhou um papel crucial nas batalhas contra os muçulmanos. A unificação sob os Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, foi fundamental para o sucesso final da Reconquista.

Em 1492, a conquista de Granada marcou o fim da presença muçulmana na Península Ibérica. O brasão de armas da Espanha reflete essa vitória e a unificação dos reinos. Os pilares de Hércules, com a inscrição "Plus Ultra", simbolizam a expansão e conquista, não apenas na Península Ibérica, mas também nas Américas. O brasão incorpora símbolos dos vários reinos: o castelo de Castela, o leão de Leão, as correntes de Navarra e a flor de romã de Granada, representando a vitória final sobre os muçulmanos.

Símbolos de Vitória e Identidade

Os brasões de Portugal e Espanha são ricos em simbolismos que celebram as vitórias sobre os muçulmanos durante a Reconquista. Esses símbolos servem como memórias históricas e culturais da determinação e triunfo dos reinos cristãos ibéricos.
A Reconquista moldou profundamente a identidade cultural e histórica de Portugal e Espanha. Seus brasões permanecem como testemunhos heráldicos das vitórias alcançadas durante esses séculos de conflito, celebrando a herança e a perseverança dos reinos cristãos que lutaram para reconquistar suas terras.

Vídeo:



José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site


Apoie o Site

Se encontrou valor neste artigo, considere apoiar o site. Optamos por não exibir anúncios para preservar sua experiência de leitura. Agradecemos sinceramente por fazer parte do suporte independente que torna isso possível!


__________________________


Historical Christian Emblems, Meaning of the Coats of Arms of Portugal and Spain


The Reconquista and the Coats of Arms Symbols of Victory


The history of the Iberian Peninsula is marked by almost eight centuries of conflict known as the Reconquista, during which the Christian kingdoms of Portugal and Spain fought to retake territory occupied by Muslims. This period began in 711, with the Muslim invasion, and culminated in 1492 with the conquest of Granada. The coats of arms of Portugal and Spain symbolically reflect this long and complex history of war and victory.


The Muslim Invasion and the Beginning of the Reconquista


In 711, Muslim forces, led by Tariq ibn Ziyad, crossed the Strait of Gibraltar and defeated the Visigoth king Roderic at the battle of Guadalete. Within a few years, most of the Iberian Peninsula was under Muslim rule, forming the province known as Al-Andalus. However, the Christian kingdoms resisted in the north of the peninsula, beginning a long series of battles that would last for centuries.


Portugal and the Reconquista


The formation of the kingdom of Portugal is linked to the Reconquista. Afonso Henriques, after the victory in the Battle of Ourique in 1139, proclaimed himself king of Portugal. The fight continued until 1249, when Faro was reconquered, consolidating Portuguese territory.


The coat of arms of Portugal is full of Reconquista symbolism. The five blue escutcheons, arranged in the shape of a cross, represent the five Moorish kings that Afonso Henriques defeated in the Battle of Ourique. Inside each escutcheon, the five besantes (small coins) symbolize the miracles attributed to divine intervention during the battle. The seven golden castles in the coat of arms represent the fortresses recovered during the fights against the Moors, highlighting the persistence and success of the Portuguese.


Spain and the Reconquista


The Reconquista in Spain was a prolonged process, involving several Christian kingdoms, such as Castile, León, Aragon and Navarre. Each of these kingdoms played a crucial role in the battles against the Muslims. Unification under the Catholic Monarchs, Ferdinand of Aragon and Isabella of Castile, was fundamental to the final success of the Reconquista.


In 1492, the conquest of Granada marked the end of the Muslim presence in the Iberian Peninsula. The coat of arms of Spain reflects this victory and the unification of the kingdoms. The pillars of Hercules, with the inscription "Plus Ultra", symbolize expansion and conquest, not only in the Iberian Peninsula, but also in the Americas. The coat of arms incorporates symbols from the various kingdoms: the castle of Castile, the lion of León, the chains of Navarre and the pomegranate flower of Granada, representing the final victory over the Muslims.


Symbols of Victory and Identity


The coats of arms of Portugal and Spain are rich in symbolism that celebrates the victories over the Muslims during the Reconquista. These symbols serve as historical and cultural memories of the determination and triumph of the Iberian Christian kingdoms.

The Reconquista profoundly shaped the cultural and historical identity of Portugal and Spain. Their coats of arms remain as heraldic testimonies of the victories achieved during these centuries of conflict, celebrating the heritage and perseverance of the Christian kingdoms that fought to reconquer their lands.


José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site


Support the website

If you found value in this article, please consider supporting the site. We have chosen not to display ads to preserve your reading experience. We sincerely thank you for being part of the independent support that makes this possible!


Comentários