O Imposto de Renda e a Expansão do Estado


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O Imposto de Renda, com sua característica de retirar uma parte do suado rendimento do cidadão, é percebido como um cálculo injusto. Este tributo incide sobre uma parcela da renda que já foi sujeita a impostos a cada compra realizada, e, ao final, o imposto de renda parece "raspar o tacho", cobrando ainda mais. 

O imposto de renda, então, parece funcionar como um "imposto sobre o imposto", ampliando ainda mais o ônus fiscal sobre o cidadão.
É importante compreender como esse imposto funciona e como ele evoluiu de uma medida temporária para uma instituição permanente nos sistemas tributários globais.

O cálculo do imposto de renda, em sua essência, envolve a aplicação de alíquotas sobre a renda total do contribuinte, após deduções permitidas por lei. Essas alíquotas são progressivas, ou seja, aumentam à medida que a renda do contribuinte aumenta.
Ao invés de uma alíquota fixa que aumentaria o recolhimento diretamente com o aumento da renda, o imposto de renda opera com alíquotas progressivas, onde quanto mais se ganha, maior é a taxa aplicada. 

A progressividade do imposto de renda impede que o cidadão prospere livremente, pois cada aumento em sua renda é acompanhado por uma parcela ainda maior retirada pelo Estado. Em vez de incentivar o crescimento econômico individual, essa abordagem tributária mantém os cidadãos em um ciclo de dependência, onde o avanço financeiro é desencorajado.

Essa característica torna o imposto de renda uma barreira ao avanço financeiro individual, questionando se o governo busca promover a independência e a prosperidade, ou, almeja a perpetuação da dependência, e a perpetuação de uma sociedade subjugada?
A resposta a essa pergunta molda não apenas a política tributária, mas também a visão de sociedade que guia as ações governamentais.

Inicialmente o imposto de renda foi concebido como uma medida temporária durante períodos de guerra, e hoje o imposto de renda tornou-se uma instituição permanente nos sistemas tributários ao redor do mundo. Essa evolução não apenas reflete o crescimento contínuo do Estado moderno, mas também seu impacto nas vidas dos cidadãos.

Desde sua introdução durante a Guerra Civil Americana, o imposto de renda foi proposto como uma solução temporária para atender às demandas financeiras extraordinárias do Estado em tempos de crise. No entanto, essa "temporariedade" logo se mostrou ilusória, persistindo o imposto mesmo após o término dos conflitos, estabelecendo-se como uma fonte permanente de receita para os governos.

Essa transição do temporário para o permanente reflete o aumento do papel e do escopo do Estado na vida dos cidadãos. À medida que o Estado expande suas funções e responsabilidades, ele exerce um controle cada vez maior sobre a economia, a sociedade e a vida dos indivíduos. Entretanto, essa expansão não ocorre de forma benigna, mas às custas da liberdade individual e da autonomia.

Devemos questionar os limites do poder estatal e protegermos os direitos individuais. A relação entre o Estado e o cidadão demanda um equilíbrio entre a intervenção estatal e a preservação da liberdade individual. O governo deve estar a serviço dos cidadãos, em vez de dominá-los.

O Estado é como aquele "amigo" inoportuno que sempre aparece para "ajudar" na mudança, mas que acaba levando metade dos seus pertences e ainda pedindo um café enquanto descansa. 

É inspirador ver como o Estado se esforça para garantir que cada cidadão contribua generosamente para sua própria dependência. 

José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site



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Income Tax and State Expansion

Income Tax, with its characteristic of removing a part of the citizen's hard-earned income, is perceived as an unfair calculation. This tax is levied on a portion of the income that was already subject to taxes for each purchase made, and, in the end, the income tax seems to "scrape the pot", charging even more.
Income tax, then, appears to function as a "tax on tax", further increasing the fiscal burden on the citizen.
It is important to understand how this tax works and how it has evolved from a temporary measure to a permanent institution in global tax systems.
The calculation of income tax, in essence, involves the application of rates to the taxpayer's total income, after deductions permitted by law. These rates are progressive, that is, they increase as the taxpayer's income increases.
Instead of a fixed rate that would increase the payment directly with the increase in income, the income tax operates with progressive rates, where the more you earn, the higher the rate applied.
The progressiveness of the income tax prevents citizens from prospering freely, as each increase in their income is accompanied by an even larger portion withdrawn by the State. Instead of encouraging individual economic growth, this tax approach keeps citizens in a cycle of dependency where financial advancement is discouraged.
This characteristic makes income tax a barrier to individual financial advancement, questioning whether the government seeks to promote independence and prosperity, or does it aim to perpetuate dependence, and the perpetuation of a subjugated society?
The answer to this question shapes not only tax policy, but also the vision of society that guides government actions.
Initially income tax was designed as a temporary measure during periods of war, and today income tax has become a permanent institution in tax systems around the world. This evolution not only reflects the continued growth of the modern state, but also its impact on the lives of citizens.
Since its introduction during the American Civil War, the income tax has been proposed as a temporary solution to meet the extraordinary financial demands of the state in times of crisis. However, this "temporary nature" soon proved to be illusory, with the tax persisting even after the end of the conflicts, establishing itself as a permanent source of revenue for governments.
This transition from temporary to permanent reflects the increased role and scope of the State in the lives of citizens. As the State expands its functions and responsibilities, it exercises increasing control over the economy, society and the lives of individuals. However, this expansion does not occur in a benign way, but at the expense of individual freedom and autonomy.
We must question the limits of state power and protect individual rights. The relationship between the State and the citizen demands a balance between state intervention and the preservation of individual freedom. The government must be at the service of its citizens, rather than dominating them.
The State is like that inopportune "friend" who always shows up to "help" with the move, but ends up taking half of your belongings and even ordering a coffee while you rest.
It is inspiring to see how the State strives to ensure that each citizen contributes generously to their own dependency.


José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site


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