Conservadores Desarmados – Um Experimento Global


conectados.site



A ilusão da proteção sanitária serviu apenas como cortina de fumaça para um experimento sem precedentes em engenharia comportamental. A pandemia, longe de ser um evento isolado, revelou-se um laboratório a céu aberto para a imposição progressiva de controles cada vez mais sofisticados, visando um objetivo específico: tornar a população psicologicamente inapta à resistência.

A fórmula era simples, mas diabolicamente eficaz. Bastava envolver cada nova exigência no invólucro retórico da "autoridade científica", e conservadores, tradicionalmente céticos quanto à intromissão estatal, passavam a aceitar a dissolução da própria autonomia como um ato de responsabilidade coletiva. O velho truque da obediência mascarada de virtude funcionou com precisão cirúrgica.

O mais patético desse espetáculo foi a complacência bovina de muitos autoproclamados defensores da liberdade, que, fascinados pelo prestígio acadêmico e pela pose austera dos "especialistas", abriram mão da prudência em favor de um cientificismo. Ignoravam, ou fingiam ignorar, que a ciência, quando divorciada da liberdade, não passa de um instrumento de dominação.

Cada nova concessão, aceita sob o pretexto da segurança, minava um pouco mais a capacidade de reagir. O que começou com pequenos gestos, um confinamento aqui, uma máscara ali, evoluiu para uma coreografia pavloviana de submissão, onde o simples ato de questionar tornava-se prova de insubordinação. A engenharia do consentimento, outrora um tema acadêmico restrito a estudiosos da manipulação de massas, tornava-se, diante dos olhos de todos, uma realidade consumada.

E enquanto os arquitetos dessa transformação social operavam com o cinismo metódico de quem conhece bem a natureza humana, os militantes serviam como apóstolos fervorosos do novo credo, prontos a denunciar hereges e impor a excomunhão digital. Conservadores, outrora defensores aguerridos da liberdade individual, assistiam perplexos à corrosão da autonomia, prisioneiros da própria credulidade na infalibilidade de uma autoridade que nunca teve escrúpulos em traí-los.


José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site

Apoie o Site

Se encontrou valor neste artigo, considere apoiar o site. Optamos por não exibir anúncios para preservar sua experiência de leitura. Agradecemos sinceramente por fazer parte do suporte independente que torna isso possível!

Entre em Contato

Para dúvidas, sugestões ou parcerias, envie um e-mail para contato@conectados.site

_____________________________________


Conservatives Unarmed – A Global Experiment


The illusion of health protection served only as a smokescreen for an unprecedented experiment in behavioral engineering. The pandemic, far from being an isolated event, proved to be an open-air laboratory for the progressive imposition of increasingly sophisticated controls, with a specific goal in mind: to render the population psychologically incapable of resistance. 

The formula was simple but diabolically effective. All that was needed was to wrap each new demand in the rhetorical casing of “scientific authority,” and conservatives, traditionally skeptical of state interference, began to accept the dissolution of their own autonomy as an act of collective responsibility. The old trick of obedience disguised as virtue worked with surgical precision. 

The most pathetic aspect of this spectacle was the bovine complacency of many self-proclaimed defenders of freedom, who, fascinated by academic prestige and the austere pose of the “experts,” gave up prudence in favor of scientism. They ignored, or pretended to ignore, that science, when divorced from freedom, is nothing more than an instrument of domination. 

Each new concession, accepted under the pretext of security, further undermined the ability to react. What began with small gestures, a confinement here, a mask there, evolved into a Pavlovian choreography of submission, where the simple act of questioning became proof of insubordination. The engineering of consent, once an academic subject restricted to scholars of mass manipulation, became, before everyone’s eyes, an accomplished reality.

And while the architects of this social transformation operated with the methodical cynicism of those who know human nature well, activists served as fervent apostles of the new creed, ready to denounce heretics and impose digital excommunication. Conservatives, once fierce defenders of individual freedom, watched in bewilderment as autonomy was eroded, prisoners of their own credulity in the infallibility of an authority that had never had any qualms about betraying them.


José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site

Support the website

If you found value in this article, please consider supporting the site. We have chosen not to display ads to preserve your reading experience. We sincerely thank you for being part of the independent support that makes this possible!

Get in Touch

For questions, suggestions or partnerships, send an email to contato@conectados.site



Comentários