O Estado populista transformando benefícios em "direitos"

 

Estado populista


Direito não é apenas uma palavra, mas a essência de nossas liberdades inalienáveis, o que sustenta as bases de uma convivência.
Direito é aquilo que você tem e o outro não pode tirar de você.
Por exemplo o direito à liberdade, à propriedade privada e à vida, que são alicerces sobre os quais se constrói uma sociedade.
É dever do Estado não apenas reconhecer, mas também proteger esses direitos, uma vez que são essenciais. Devemos estar alertas para ideologias que, sob a máscara de serviços e benefícios, desrespeitam e sacrificam esses direitos fundamentais. 


Históricamente, regimes ditatoriais florescem quando a vontade dos governantes supera a preservação dos direitos individuais. Portanto, é crucial manter um olhar crítico sobre propostas que, embora prometam vantagens imediatas, podem, a longo prazo, comprometer nossa herança de direitos fundamentais. Um Estado populista, trilha o caminho sedutor de apresentar benefícios e serviços como "direitos" inalienáveis, criando uma narrativa cativante de generosidade estatal. Essa aparente benevolência esconde a realidade: o que é rotulado como "direito" se revela um dever imposto aos cidadãos. 

Ao proclamar serviços e benefícios como direitos fundamentais, o Estado não apenas apela para a simpatia popular, mas também estabelece uma obrigação. Se algo é um direito, espera-se que seja garantido, e, para garantir, alguém precisa pagar a conta. Nesse cenário, o cidadão torna-se involuntariamente responsável pelos custos desses serviços, uma vez que o Estado, por si só, não gera riqueza. 

O Estado, ao torná-los compulsórios e rotulá-los como direitos, infla artificialmente seu preço. Afinal quando algo é um dever, o cidadão é compelido a pagar por isso, independentemente de sua real valia no mercado. O resultado é que o cidadão acaba pagando muito mais caro do que o serviço ou benefício realmente vale. Essa distorção econômica leva a uma espiral de custos, prejudicando particularmente aqueles que estão em posições financeiras mais vulneráveis. 

À medida que o Estado busca financiar suas promessas "populistas", a carga recai desproporcionalmente sobre os ombros dos contribuintes, que, por sua vez, são forçados a arcar com custos exorbitantes por algo que lhes é apresentado como um direito inquestionável. Portanto o discurso populista, ao oferecer benefícios e serviços sob a fachada de direitos, acaba por criar uma dinâmica em que o cidadão, ironicamente, paga o preço mais alto por sua suposta generosidade estatal. É um jogo de espelhos onde a ilusão de direitos oculta a realidade de deveres financeiros onerosos impostos à sociedade.

José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site

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The populist state transforming benefits into "rights".


Law is not just a word but the essence of our inalienable freedoms, which form the foundation of coexistence.  
Rights are what you possess and what no one else can take away from you.  
For example, the right to freedom, private property, and life are the pillars upon which a society is built.  
It is the duty of the State not only to recognize but also to protect these rights, as they are essential.  

We must remain vigilant against ideologies that, under the guise of services and benefits, disrespect and often sacrifice these fundamental rights. Historically, dictatorial regimes flourish when the will of the rulers supersedes the preservation of individual rights. Therefore, it is crucial to maintain a critical eye on proposals that, while promising immediate advantages, may, in the long term, compromise our heritage of fundamental rights.  

A populist State follows the seductive path of presenting benefits and services as inalienable "rights," creating a captivating narrative of state generosity. This apparent benevolence conceals a harsh reality: what is labeled as a “right” often turns out to be a duty imposed on citizens.  

By proclaiming services and benefits as fundamental rights, the State not only appeals to popular sympathy but also establishes an obligation. If something is deemed a right, it is expected to be guaranteed, and to guarantee it, someone must bear the cost. In this scenario, the citizen becomes involuntarily responsible for the expenses associated with these services, since the State, by itself, does not generate wealth.  

By making these services compulsory and labeling them as rights, the State artificially inflates their cost. After all, when something is a duty, the citizen is compelled to pay for it, regardless of its actual market value. The result is that citizens end up paying much more than the service or benefit is truly worth.  

This economic distortion leads to a spiral of costs, particularly harming those in more vulnerable financial positions. As the State seeks to finance its “populist” promises, the burden falls disproportionately on the shoulders of taxpayers, who are then forced to bear exorbitant costs for something presented to them as an unquestionable right.  

Therefore, populist rhetoric, by offering benefits and services under the guise of rights, ends up creating a dynamic in which citizens, ironically, pay the highest price for the supposed generosity of the State. It is a game of mirrors where the illusion of rights hides the reality of onerous financial obligations imposed on society.


José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site

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