Regimes Revolucionários – Devoção Irracional

 





O "Instante Perpétuo" é uma expressão que evoca a ideia de capturar um momento fugaz e torná-lo eterno. Este conceito transcende a mera dimensão temporal, mergulhando na essência da experiência humana.

No cerne do "Instante Perpétuo" está a busca pela imortalização de momentos singulares que, de outra forma, seriam efêmeros. É como se desejássemos congelar o fluxo inexorável do tempo para apreciar a beleza efêmera de um instante específico. Essa busca pode se manifestar na arte, capturando a magia de um momento de forma atemporal.

O "culto invisível do instante perpétuo" é uma devoção irracional a um ideal utópico, muitas vezes à custa da realidade brutal que pode acompanhar tais aspirações. Esse culto parece funcionar como um véu que obscurece as consequências nefastas de certas ações, especialmente aquelas perpetradas por regimes revolucionários e ativistas extremistas.

Recebem uma espécie de perdão implícito ou justificativa automática para atos de violência, matanças e genocídios cometidos em nome de uma visão idealizada do futuro. Isso levanta a questão preocupante de como ideologias podem distorcer a percepção moral, permitindo que atos terríveis sejam cometidos sob a premissa de um futuro idealizado.

Os defensores dessas ideias podem ficar tão enamorados com a utopia imaginada que ignoram ou minimizam as consequências reais e humanas de suas ações. Quando acreditam que só o futuro utópico poderá julgá-los, surge a justificativa do injustificável: qualquer atrocidade, por mais brutal, é vista como um sacrifício necessário para um sonho que jamais se concretiza.

Essa cegueira moral permite que a opressão e a violência se espalhem, enquanto os indivíduos são reduzidos a peças descartáveis de uma engrenagem coletiva. Mas é precisamente aqui que reside o erro fatal. Cada ser humano é único, sagrado em sua essência, e portador de direitos inalienáveis, direito à vida, à liberdade, à propriedade privada. Não somos meras engrenagens de um sistema abstrato, mas indivíduos com valor intrínseco, que não podem ser sacrificados no altar de utopias distantes.

O verdadeiro progresso não vem da destruição do indivíduo em nome de uma coletividade idealizada, mas do reconhecimento de que a dignidade humana e as liberdades individuais são inegociáveis. Somente quando honrarmos esses direitos fundamentais poderemos construir um futuro que respeite a essência sagrada de cada vida.


José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site

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Revolutionary Regimes – Irrational Devotion


The “Perpetual Instant” is a phrase that evokes the idea of ​​capturing a fleeting moment and making it eternal. This concept transcends the mere temporal dimension, delving into the essence of the human experience.

At the heart of the “Perpetual Instant” is the quest to immortalize singular moments that would otherwise be ephemeral. It is as if we wish to freeze the inexorable flow of time in order to appreciate the ephemeral beauty of a specific instant. This quest can manifest itself in art, capturing the magic of a moment in a timeless way.

The “invisible cult of the perpetual instant” is an irrational devotion to a utopian ideal, often at the expense of the brutal reality that can accompany such aspirations. This cult seems to function as a veil that obscures the harmful consequences of certain actions, especially those perpetrated by revolutionary regimes and extremist activists.

They receive a kind of implicit forgiveness or automatic justification for acts of violence, killings and genocides committed in the name of an idealized vision of the future. This raises the troubling question of how ideologies can distort moral perception, allowing terrible acts to be committed under the premise of an idealized future.

Proponents of these ideas can become so enamored with the imagined utopia that they ignore or minimize the real, human consequences of their actions. When they believe that only the utopian future can judge them, the justification of the unjustifiable arises: any atrocity, no matter how brutal, is seen as a necessary sacrifice for a dream that will never come true.

This moral blindness allows oppression and violence to spread, while individuals are reduced to disposable cogs in a collective machine. But it is precisely here that the fatal error lies. Every human being is unique, sacred in their essence, and bearer of inalienable rights, the right to life, liberty, and private property. We are not mere cogs in an abstract system, but individuals with intrinsic value who cannot be sacrificed on the altar of distant utopias.

True progress does not come from the destruction of the individual in the name of an idealized collective, but from the recognition that human dignity and individual freedoms are non-negotiable. Only when we honor these fundamental rights can we build a future that respects the sacred essence of every life.


José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site

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