O Estado Laico – A criação de uma sociedade sem valores

O Estado Laico é frequentemente exaltado como um modelo de organização política que assegura a liberdade religiosa e impede a interferência da religião na esfera pública. Contudo, essa visão é, na verdade, um mito que mascara seus verdadeiros objetivos. O Estado Laico serve como uma ferramenta eficaz para regimes políticos totalitários, criando um ambiente onde a religião é marginalizada e desprovida de relevância pública. Essa marginalização é paradoxal, pois a religião constitui a base da cultura e dos valores de uma civilização, que deveriam, por sua vez, orientar a esfera pública.

A religião desempenha um papel fundamental na formação da cultura e dos valores de uma civilização, influenciando normas, comportamentos, leis e a própria identidade cultural. No caso do Brasil, o cristianismo é o berço da nossa civilização, formando a base cultural e valorativa do país. A família, considerada um pilar central no cristianismo, é também vista como a base da estrutura social brasileira, sendo responsável pela educação moral e espiritual dos indivíduos. 

O Estado Laico desafia a presença dos valores religiosos na esfera pública, questionando a sua relevância. Reconhecer e valorizar essa herança cultural e espiritual é essencial para o desenvolvimento e a coesão da civilização brasileira. Os valores tradicionais, a religião e a família tradicional são vistos como obstáculos pelos defensores do Estado Laico. Para superar esses obstáculos, busca-se a criação de uma nova moralidade baseada no relativismo moral, onde valores absolutos são inexistentes. 

A importância dessa nova moralidade para a implantação de um regime político totalitário reside na criação de uma sociedade desprovida de significado moral. Isso resulta em indivíduos com perda de identidade e propósito, tornando-os mais facilmente manipuláveis pelo Estado.

A eliminação dos valores tradicionais enfraquece a família, uma das principais instituições que se opõem ao Estado e fornecem valores e apoio moral aos indivíduos. Com a família enfraquecida, as pessoas tendem a buscar esse apoio no Estado, tornando-se mais dependentes e vulneráveis às suas políticas e ideologias. 

A substituição dos valores tradicionais por uma moralidade relativista é uma estratégia fundamental para a implantação e manutenção de um regime totalitário. Enfraquecendo instituições opositoras e criando uma sociedade de moralidade vazia, o Estado se posiciona como o principal fornecedor de valores e sentido de vida.

A fachada do Estado Laico, que aparentemente promove a liberdade religiosa, na verdade, cria um ambiente onde o Estado se torna o único árbitro moral. Assim, o mito do Estado Laico serve para camuflar uma estratégia de controle e manipulação, essencial para a consolidação de regimes totalitários. 

 

José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site

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The Secular State – the creation of a society without values

The Secular State is often extolled as a model of political organization that ensures religious freedom and prevents religious interference in the public sphere. However, this vision is actually a myth that masks its true goals. The Secular State serves as an effective tool for totalitarian political regimes, creating an environment where religion is marginalized and devoid of public relevance. This marginalization is paradoxical, as religion constitutes the basis of a civilization's culture and values, which should, in turn, guide the public sphere.

Religion plays a fundamental role in shaping the culture and values ​​of a civilization, influencing norms, behaviors, laws and cultural identity itself. In the case of Brazil, Christianity is the cradle of our civilization, forming the cultural and value base of the country. The family, considered a central pillar in Christianity, is also seen as the basis of the Brazilian social structure, being responsible for the moral and spiritual education of individuals.

The Secular State challenges the presence of religious values ​​in the public sphere, questioning their relevance. Recognizing and valuing this cultural and spiritual heritage is essential for the development and cohesion of Brazilian civilization. Traditional values, religion and the traditional family are seen as obstacles by defenders of the Secular State. To overcome these obstacles, we seek to create a new morality based on moral relativism, where absolute values ​​are non-existent.

The importance of this new morality for the implementation of a totalitarian political regime lies in the creation of a society devoid of moral meaning. This results in individuals losing identity and purpose, making them more easily manipulated by the State.

The elimination of traditional values ​​weakens the family, one of the main institutions that oppose the State and provide values ​​and moral support to individuals. With the family weakened, people tend to seek this support from the State, becoming more dependent and vulnerable to its policies and ideologies.

 Replacing traditional values ​​with relativistic morality is a fundamental strategy for the implementation and maintenance of a totalitarian regime. By weakening opposing institutions and creating a society of empty morality, the State positions itself as the main provider of values ​​and meaning in life.

The facade of the Secular State, which apparently promotes religious freedom, in fact creates an environment where the State becomes the sole moral arbiter. Thus, the myth of the Secular State serves to camouflage a strategy of control and manipulation, essential for the consolidation of totalitarian regimes.

José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site

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