O Nacionalismo – Um Sentimento Mal Compreendido

 



O nacionalismo, enquanto conceito, encontra-se hoje imerso em um oceano de equívocos e deturpações deliberadas. O termo, outrora sinônimo de identidade e soberania, foi sequestrado por uma inteligência decadente que, incapaz de compreendê-lo em sua plenitude histórica e filosófica, reduz-o a uma caricatura grotesca de racismo e xenofobia. Essa distorção não é casual, mas sim um mecanismo político consciente, destinado a dissolver qualquer resistência à tirania do globalismo.

A essência do nacionalismo autêntico reside na afirmação da singularidade de um povo, sua cultura, tradições, história e soberania. Tal sentimento não implica agressão a outrem, mas a simples e incontestável percepção de que a nação é uma entidade viva, dotada de uma identidade que supera gerações. Não se trata de um conceito arbitrário, mas de um dado objetivo da realidade histórica: civilizações só prosperam quando seus membros compartilham laços comuns de identidade e propósito. A tentativa de negar essa verdade é um experimento sociopolítico que invariavelmente resulta no esfacelamento cultural.

A confusão deliberada entre nacionalismo e imperialismo, ou entre nacionalismo e racismo, é uma das operações semânticas mais grotescas do nosso tempo. O imperialismo implica na imposição da própria cultura sobre outras, ao passo que o nacionalismo é justamente o oposto, o reconhecimento do direito de cada povo a preservar sua identidade. De forma análoga, o racismo se fundamenta na noção de superioridade racial, enquanto o nacionalismo se apoia no respeito à própria história e tradição. O nacionalista autêntico não busca subjugar o outro, mas tão somente preservar aquilo que lhe é próprio.

Para que se compreenda a verdadeira natureza do nacionalismo, é necessário que se desfaça a confusão entre ele e sua versão degenerada: o chauvinismo. O chauvinismo, ao contrário do nacionalismo autêntico, baseia-se na crença irracional de que a própria nação é intrinsecamente superior a todas as outras, independentemente de mérito, cultura ou história. Essa forma patológica de nacionalismo, desprovida de qualquer fundamento racional, é frequentemente manipulada por demagogos e charlatães políticos.

A verdadeira questão que emerge deste debate não é apenas a definição de nacionalismo, mas sim o motivo pelo qual ele é combatido com tanto fervor por determinadas elites intelectuais e políticas. O que se esconde por trás dessa cruzada contra a identidade nacional? A resposta é evidente, a dissolução das nações é condição necessária para a implantação de um regime de controle global, onde os indivíduos são atomizados, desprovidos de laços culturais e históricos, tornando-se presas fáceis para projetos de engenharia social.

O nacionalismo não é apenas uma postura política ou ideológica, mas uma defesa da própria sanidade cultural e civilizatória. Ele é a resposta necessária à tentativa de dissolver as nações em uma massa informe, governada por tecnocratas sem rosto e sem compromisso com a realidade concreta dos povos.

Como dizia um autêntico patriota: "Quem não ama sua própria pátria, não será capaz de amar nada." 

O nacionalismo, quando compreendido em sua verdadeira essência, é precisamente isso, um amor autêntico, consciente e inegociável pela própria terra, pelo próprio povo e por tudo aquilo que nos torna quem somos.


José Rodolfo G. H. Almeida é escritor e editor do site www.conectados.site

Apoie o Site

Se encontrou valor neste artigo, considere apoiar o site. Optamos por não exibir anúncios para preservar sua experiência de leitura. Agradecemos sinceramente por fazer parte do suporte independente que torna isso possível!

Entre em Contato

Para dúvidas, sugestões ou parcerias, envie um e-mail para contato@conectados.site


__________________________________


Nationalism – A Misunderstood Feeling


Nationalism, as a concept, is today immersed in an ocean of misunderstandings and deliberate distortions. The term, once synonymous with identity and sovereignty, has been hijacked by a decadent intelligence that, incapable of understanding it in its historical and philosophical fullness, reduces it to a grotesque caricature of racism and xenophobia. This distortion is not accidental, but rather a conscious political mechanism, designed to dissolve any resistance to the tyranny of globalism.

The essence of authentic nationalism lies in the affirmation of the uniqueness of a people, its culture, traditions, history and sovereignty. Such a feeling does not imply aggression against others, but the simple and indisputable perception that the nation is a living entity, endowed with an identity that transcends generations. This is not an arbitrary concept, but an objective fact of historical reality: civilizations only prosper when their members share common bonds of identity and purpose. The attempt to deny this truth is a sociopolitical experiment that invariably results in cultural disintegration.

The deliberate confusion between nationalism and imperialism, or between nationalism and racism, is one of the most grotesque semantic operations of our time. Imperialism implies the imposition of one's own culture over others, while nationalism is precisely the opposite, the recognition of the right of each people to preserve their identity. Similarly, racism is based on the notion of racial superiority, while nationalism is based on respect for one's own history and tradition. The authentic nationalist does not seek to subjugate others, but only to preserve what is his own.

In order to understand the true nature of nationalism, it is necessary to dispel the confusion between it and its degenerate version: chauvinism. Chauvinism, unlike authentic nationalism, is based on the irrational belief that one's own nation is intrinsically superior to all others, regardless of merit, culture or history. This pathological form of nationalism, devoid of any rational foundation, is often manipulated by demagogues and political charlatans.

The real question that emerges from this debate is not just the definition of nationalism, but rather the reason why it is fought so fervently by certain intellectual and political elites. What is hidden behind this crusade against national identity? The answer is obvious: the dissolution of nations is a necessary condition for the implementation of a regime of global control, where individuals are atomized, deprived of cultural and historical ties, becoming easy prey for social engineering projects.

Nationalism is not just a political or ideological stance, but a defense of cultural and civilizing sanity itself. It is the necessary response to the attempt to dissolve nations into a shapeless mass, governed by faceless technocrats with no commitment to the concrete reality of the people.

As an authentic patriot said: "He who does not love his own country will not be able to love anything." Nationalism, when understood in its true essence, is precisely that, an authentic, conscious and non-negotiable love for one's land, one's people and for everything that makes us who we are.


José Rodolfo G. H. Almeida is a writer and editor of the website www.conectados.site

Support the website

If you found value in this article, please consider supporting the site. We have chosen not to display ads to preserve your reading experience. We sincerely thank you for being part of the independent support that makes this possible!

Get in Touch

For questions, suggestions or partnerships, send an email to contato@conectados.site



Comentários