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A Ilusão do Saber Científico

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  O fato de alguém dominar o método da pesquisa científica não significa, nem de longe, que compreenda o fundamento cognitivo que o torna possível. Há uma diferença abissal entre praticar uma técnica e saber o que se está fazendo e, portanto, saber por que aquilo funciona. Nesse sentido, a esmagadora maioria dos chamados "cientistas" atuais, sobretudo os treinados em departamentos universitários, são para dizer o mínimo, meros operadores de um maquinário epistemológico cuja arquitetura desconhecem por completo. Um sujeito pode manipular equações, calibrar instrumentos, coletar dados e até publicar artigos revisados por pares, sem jamais ter se perguntado, por que esse método é considerado científico? O que o distingue de outras formas de conhecimento, inclusive aquelas tidas como "não científicas"? A resposta a essas perguntas exige mais do que um manual de metodologia científica. Exige filosofia e da boa, não da acadêmica. Comecemos com um conceito que toda a tradi...

O Ser Necessário e o Deus Pessoal

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Desde os primórdios da filosofia, a humanidade tem se debruçado sobre a questão fundamental da existência de Deus. Ao longo da história, diferentes tradições e sistemas de pensamento tentaram definir a natureza do divino, mas nenhum conceito se destaca tanto quanto o Deus revelado na Bíblia. Diferente das concepções mitológicas ou das abstrações filosóficas, o Deus bíblico não é uma entidade limitada pelo tempo e pelo espaço. Ele não é um ser que emergiu do caos, nem um mero arquétipo construído pela necessidade humana de ordem. Ele se apresenta como o próprio fundamento da realidade, o Ser Necessário, aquele que existe por Si mesmo. Ele é eterno, imutável, onipotente, onisciente e transcendente. E não necessita de súditos, não mendiga culto, não anseia por reconhecimento. Seu relacionamento com o homem não é um jogo de fragilidades emocionais divinas, é um chamado à realidade, um convite para que a criatura compreenda sua própria insuficiência e se reconcilie com a única Fonte da Vi...

A Verdade Não é Democrática – O Erro do Relativismo Intelectual

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  A filosofia moderna, quando não se torna um mero fetiche retórico para intelectuais de auditório, é um campo de batalha onde se digladiam concepções antagônicas sobre a realidade e o homem. Para os que ainda se atrevem a pensar sem as muletas do consenso acadêmico, torna-se claro que a grande questão de nossa época não é a descoberta de novas verdades, mas a reconstrução da capacidade humana de reconhecê-las. A decadência filosófica é fruto de um longo processo de abandono da inteligência em favor da conveniência. Ao destruir os pilares que sustentavam a investigação metafísica, a busca pela verdade objetiva, a ordenação hierárquica do conhecimento e a exigência de coerência interna, os pensadores modernos se entregaram à ilusão de que um discurso coerente é aquele que se adapta aos impulsos psicológicos do momento. Nessa inversão de valores, a verdade deixa de ser uma realidade objetiva e imutável, passando a ser reduzida a um cálculo de conveniência social, um produto da opiniã...

A Ditadura do Pensamento – O Marxismo e o Silenciamento da Verdade

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  Subordinar a verdade à ação não é apenas um erro teórico, mas a negação da própria verdade como um critério independente da vontade.  Ao transformar a verdade em serva da ação, nega-se sua natureza independente, abrindo caminho para que a realidade seja moldada conforme conveniências ideológicas. Tanto o pragmatismo quanto o marxismo cometem esse erro, mas no caso do marxismo, ele assume uma forma ainda mais grave, pois não se trata apenas de um equívoco filosófico, mas de uma doutrina política convertida em método de dominação. Se Marx tivesse se limitado a uma análise econômica ou histórica, seu sistema poderia ter permanecido no campo das hipóteses. Mas sua ambição era outra: construir uma ciência social que não apenas descrevesse a realidade, mas a transformasse. Esse impulso, não era científico, mas religioso. A ciência, para ser ciência, deve buscar a verdade independentemente das consequências políticas; Marx, ao contrário, quis forjar uma ciência que fosse ao mesmo t...

Mecanismos de Poder e a Corrupção Intelectual

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  Existe uma crença amplamente disseminada de que o socialismo é uma ideologia política com princípios bem definidos e uma base teórica coesa. Mas isso já é, por si só, um erro categorial. O socialismo, especialmente em sua versão marxista, não é uma doutrina estática que defende princípios fixos. Ele é um movimento, e um movimento, por definição, não se prende a idéias permanentes, mas se reinventa continuamente conforme as necessidades estratégicas do momento. Karl Marx, ao definir sua teoria, já alertava que "a teoria só existe na prática". Isso significa que o marxismo não se sustenta como uma filosofia coerente que pode ser analisada isoladamente, mas sim como uma praxis, um conjunto de ações táticas destinadas à corrosão das estruturas vigentes. Não é uma ideologia, é um vetor de transformação que, para atingir seus objetivos, pode se apropriar de qualquer discurso, desde que útil à revolução. Perguntar se um indivíduo dentro da universidade "é marxista" revel...

O Ser Necessário – Um Caminho da Razão à Verdade

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  Há algo em vez de nada. Essa constatação, insignificante para os distraídos, é na verdade, o ponto de partida para uma das questões mais fundamentais da filosofia. Pois se há algo, então o nada absoluto jamais existiu. O nada, por definição, não tem potência, não possui ser, não contém em si qualquer possibilidade de gerar coisa alguma. Se em algum momento, houvesse apenas o nada, seria impossível que algo viesse a ser. E no entanto, aqui estamos. A existência é necessária. Mas o que exatamente existe de forma necessária? A matéria? O espaço? O tempo? Nada disso. A matéria se dissolve, o espaço se curva, o tempo flui como um rio que não sabe sua própria origem. Se tudo o que conhecemos é transitório, então nada disso se sustenta por si mesmo. O universo, com toda a sua vastidão, é um mendigo ontológico, não pode existir sem apoio, pois depende de condições externas para ser. O ateu materialista, ao perceber isso, se contorce, se esquiva, foge da questão como um rato que tenta esc...

O Socialismo Disfarçado no Brasil

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  Se tem uma coisa que os socialistas fazem bem, é esconder sua verdadeira natureza. No Brasil eles não chegam com bandeira vermelha e foice na mão, mas de terno e gravata, fingindo defender o mercado enquanto tomam o controle dele por dentro. Empresas que deveriam operar de maneira independente acabam se tornando extensões do governo, beneficiando grupos seletos e sufocando a livre concorrência. Um sistema onde empresários não precisam inovar nem competir, basta estar do lado certo do governo.  O Petrolão, que desviou mais de R$ 42 bilhões da Petrobras, não foi só um escândalo de corrupção, foi uma aula de como funciona o capitalismo de compadrio. Grandes empreiteiras como Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez não cresceram porque eram eficientes, mas porque se tornaram sócias do governo. Em troca de contratos superfaturados e monopólios garantidos, despejaram bilhões em propina para políticos. O resultado? Empresas gigantescas, riquíssimas e completamente dep...

O Que os Ricos Sabem e os Socialistas Escondem

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  Poucas farsas são tão bem embaladas e vendidas como essa, a idéia de que riqueza é privilégio herdado e que os pobres estão condenados à miséria perpétua, vítimas de um sistema cruel e excludente. O que essa narrativa esconde, e faz questão de esconder, é que a mobilidade social sempre existiu onde há liberdade econômica. Mas claro, admitir isso derrubaria o castelinho de cartas das teses socialistas. O devoto da redistribuição compulsória tem um raciocínio infantil, ele acha que a economia é um jogo onde o ganho de um jogador é igual à perda do outro, em que cada real ganho por um é um real perdido por outro. Na cabeça dele, o capitalismo é um banquete onde meia dúzia de espertalhões se empanturram enquanto o resto morre de fome. Mas eis a verdade inconveniente: riqueza não é um bolo fixo. Ela se cria. Cresce. Expande-se quando há produção, inovação e investimento. O socialista olha para um empresário e vê um explorador. Ele ignora que esse "opressor" abre empresas, gera e...

Desigualdade Não É Sinônimo de Pobreza

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  Se tem uma coisa que o sujeito metido a crítico do capitalismo adora fazer, é confundir desigualdade com pobreza. Ele olha para um bilionário em Nova York e um operário de classe média em Recife e acha que o problema é a diferença de renda entre os dois, não o fato de que o operário tem muito mais do que teria sob qualquer regime socialista. Mas a falácia sentimental funciona bem, basta soltar uma foto de uma mansão ao lado de uma casinha humilde para que a patota chore de indignação. A desigualdade de renda sempre existiu e sempre existirá. O que interessa não é se há classes sociais, mas se as condições gerais da população estão melhorando. E por incrível que pareça para os militantes do “socialismo de iPhone”, o livre mercado é a única ferramenta que realmente fez isso acontecer. Basta olhar os números, onde quer que a liberdade econômica tenha sido adotada, a miséria despencou. Onde o socialismo meteu o bedelho, a fome virou política de Estado. Quer exemplos? A Coreia do Sul,...